Neste post, amplio a reflexão proposta em um vídeo que compartilhei ontem. Ele está disponível logo abaixo.
Finalmente, conheci um Louvre – um dos maiores e mais incríveis museus do mundo.
O grande destaque – a maior atração – do museu é, sem sombra de dúvidas, a Mona Lisa – obra-prima de Leonardo da Vinci – pintada entre 1503 e 1507. Além dela, há milhares de obras – incluindo pinturas e esculturas – além de milhares de artefatos históricos.
Tudo que está em exposição no Louvre recebe destaque, mas nada comparado com aquele que a Mona Lisa recebe. A segunda obra mais popular no museu, acredito, é a Vênus de Milo, que, confirmando a Lei de Zipf (falaremos sobre ela em outra ocasião), é quase ignorada frente a “grande estrela”.
Para ver “de perto” a Mona Lisa – que está em um salão, com uma parede inteira dedicada a ela, rodeada por dezenas de outras obras incríveis do mesmo período – é necessário esperar pelo menos 30 minutos em uma fila que parece não andar.
A Mona Lisa é linda, mas, para um leigo como eu – e, aposto, para quase todos que estavam na fila – ela não possui qualquer atributo evidente que merece tanta badalação. Perceba que não estou questionando seus méritos, tampouco de seu pintor, mas, sim, reconhecendo a minha ignorância.
O fato, entretanto, é que o fato de não conseguir destacar o que há de especial na obra não diminui em nada meu interesse por ela. Aliás, nem o meu, nem o de milhares de pessoas que vão até o Louvre todos os dias. A Mona Lisa é exemplo de marca forte.
Durante anos, o quadro mais famoso de da Vinci, é mencionado em obras literárias, filmes e até gibis. Muito já se discutiu sobre quem era a pessoa retratada e seus “atributos”. Enfim, a obra faz parte do imaginário popular por comunicação estruturada e continuada.
O que podemos aprender com o “caso da Mona Lisa“? Para mim, alguns pontos importantes:
- Nem sempre “quem paga” a conta entende exatamente daquilo que está “pagando”. É verdade para a Mona Lisa, mas também é verdade para quem – como eu – é especialista.
- “Quem paga” raramente consegue discernir bem as diferenças entre as ofertas disponíveis.
- “Quem paga” tende a fazer a mesma escolha da maioria – geralmente, reduzindo o risco de uma “compra errada”.
Essas constatações, ao meu ver, validam minha perspectiva de que competências são essenciais (lembre-se, a Mona Lisa é uma obra-prima), entretanto, o que define valor é sempre a reputação (sobretudo a força da marca – incluindo aspectos como qualidade e, sobretudo, exclusividade).
Concorda comigo?
Em tempo, vamos falar mais sobre isso em meu curso sobre Reputação & Marketing Pessoal.
[…] Outro dia comentei que a grande atração do Louvre é a Monalisa. Também destaquei que a maioria das pessoas que busca a obra não sabe o porquê de estar fazendo isso. […]