Os givers, são aquelas pessoas que por padrão, doam. Eles são, por exemplo, aqueles que deixam o último pedaço de algum alimento para os outros. Já os takers, são a oposição. São aqueles quem por padrão, pegam pra si o “último pedaço”, aliás, correm para pegar, com medo que lhes falte.
A relação entre givers e takers nem sempre é fácil, inclusive, ela tende a ficar mais delicada quando de um lado, temos um giver ingênuo e, do outro, um taker abusivo.
Ao me avaliar, cheguei a conclusão de que sou um giver. Pelo menos, eu me considero assim.
No curto prazo, é comum ver takers “levando vantagem” sobre os givers. Mas aí, entra algo incrível: Papai do Céu parece estabelecer uma lógica divina de compensação que, de forma geral, faz com que givers, no longo prazo, se dêem melhor na vida. Então, mesmo que possa parecer que o taker tenha vantagem inicialmente, no longo prazo é o giver, mesmo apesar de ingênuo, acaba obtendo melhores resultados.
De qualquer forma, um ponto importante é perceber que você mesmo sendo o giver, não precisa e nem deveria ser ingênuo. A ingenuidade faz, às vezes, o giver confundir a ideia de “ser bom” com “ser bonzinho”, ou pior, “ser bobo”. Não se pode confundir nunca a ideia de “ser bom” com a ideia de “ser bobo”. Aliás, de uma maneira geral, os takers, principalmente, aqueles que são agressivos, apostam nessa ideia de que giver é bobo. Consequência disso, ele o faz de bobo e isso é o que dói, principalmente na medida o que está acontecendo fica óbvio.
Então, a grande resolução é, continuar sendo giver, continuar sendo bom, mas não sendo bobo. Este é o grande desafio.
Recente, comemoramos o Natal e celebramos a vida, de talvez, o maior giver de todos os tempos, Jesus Cristo. Vale o convite para conhecer um pouquinho mais de sua história nos evangelhos, pois ele, sem dúvidas, foi um giver generoso, mas não foi bobo. Cristo, pelo seu exemplo, nos ensinou que o importante é ser bom, mas não bonzinho.
Muito bom, já vi vários takers se dando mal depois de um tempo. É só uma questão de tempo.